[R-br] [STAT-MATH] análise de sarampo - como proceder com o teste de hipóteses?
Fernando Colugnati
fernando em ipti.org.br
Sexta Dezembro 9 13:20:54 BRST 2011
Ótimos pontos Pedro!
Abs
Havia respondido pro Leonard, mas não sei se chegou ao grupo...
Legal Leonard, mas as coisas no Brasil estão indo na boa direção, e essas
análises cruas não são prática comum somente aqui. Há 2 semanas atrás
aconteceu o 3o ESAMP (escola de amostragem e metodologia de pesquisa), em
Juiz de Fora, e estas questões foram muito discutidas, e saí de lá bem
impressionado e motivado.
Acho que em breve passaremos a ter boas análises feitas por bons bons
analistas.
Abs
Em 9 de dezembro de 2011 12:58, Pedro Emmanuel Alvarenga Americano do
Brasil <emmanuel.brasil em gmail.com> escreveu:
> Pessoal,
>
> Acho que as coisas estou indo na mesma direção. Mais uma vez, se ideia é
> mostrar que as incidências da doença mudaram de características, séries
> temporais por faixas etárias me parece razoável. Os tipos de dados, a
> audiência e outras coisas irão indicar pra voce que tipo de modelo
> ajustaria adequadamente essa série. O comentário sobre utilizar as taxas de
> incidência ao invés da contagens de casos, é muito pertinente. Outro
> problema é escolher aonde as faixas etárias serão cortadas. Isso não é
> trivial. Geralmente o pessoal da saúde, como eu, escolher arbitrariamente
> para facilitar inerpretaçoes. No entanto, pode ocorrer justamente o
> contrário, pois dicotomizar ou categorizar variávies contínuas
> invariavelmente ocorre perda de informação.
>
> Outro comentário, o SUS, como o proprio nome já diz, é único. Então
> particular, santas casas ou hospitais publicos são todos SUS. O ministério
> da saúde do Brasil gerencia os sistemas de informações em saúde, e todas as
> doenças de notificações (SINAN) como Sarampo e outras doenças
> exantemáticas, entre as mais de 60 entidades de notificação compulsória,
> como o nome já diz, são compulsórias, independente de as unidades de saúde
> serem da saúde complementar ou públicas propriamente ditas. O problema é
> que o sistema é passivo e não prevê sanções sobre quem não cumpre a sua
> parte, ou seja, notifica que quer, se não quiser ... que pena. A SVS do MS
> do Brasil tem em seu site frequentemente resultados epidemiológicos das
> notificações ou mortes de agravos selecionados. O problema, é que são de
> agravos selecionados e nunca é em tempo-real (se é que isso existe). Então
> se voce procurar dados de 2011 de tuberculose por exemplo, voce não
> encontrar ou com muita dificuldade, mas talvez encontre de 2010 ou 2009. O
> DATASUS possui muitos desses dados mas já numa forma tabulada, e não era
> facil trabalhar com as ferramentos do sítio do DATASUS até ano passado.
>
> Bom acho que voce está numa posição privilegiada pra mostrar resultados
> interessantes pra quem trabalha com vigilância epidemiológica. Quando o
> resultado sair indica pra nós aonde estão pra nos lermos.
>
> Abraço forte e que a força esteja com você,
>
> Dr. Pedro Emmanuel A. A. do Brasil
> Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas
> Fundação Oswaldo Cruz
> Rio de Janeiro - Brasil
> Av. Brasil 4365,
> CEP 21040-360,
> Tel 55 21 3865-9648
> email: pedro.brasil em ipec.fiocruz.br
> email: emmanuel.brasil em gmail.com
>
> ---Apoio aos softwares livres
> www.zotero.org - gerenciamento de referências bibliográficas.
> www.broffice.org ou www.libreoffice.org - textos, planilhas ou
> apresentações.
> www.epidata.dk - entrada de dados.
> www.r-project.org - análise de dados.
> www.ubuntu.com - sistema operacional
>
>
> Em 9 de dezembro de 2011 11:31, Leonard de Assis <assis.leonard em gmail.com>escreveu:
>
> Fernando,
>>
>> foi exatamente isso que quis dizer quando sugeri processos estocásticos
>> (Modelos de fluxo migratório, estudantes na escola, dentre outros são bem
>> representados por meio de processos estocásticos) . Um estudo demográfico
>> caberia bem no problema, principalmente porque neste problema, craramente
>> vemos que 10 casos em um ano e 10 no ano seguinte não são grandezas
>> comparáveis, a primeira providência a ser tomada é torná-la comparável, na
>> mesma ordem de grandeza.
>>
>> Quanto aos modelos lineares generalizados, creio ser possível utilizar,
>> pois existem modelos de efeito misto (Mixed effects models) que lidam com
>> estruturas de erro correlacionadas de maneira temporal. Nunca utilizei
>> estes modelos neste contexto, pode ser possível, teria que pensar mais em
>> cima deste problema.
>>
>> Este "erro" de se comparar grandezas incomparáveis vem de muito tempo no
>> Brasil, basta uma busca simples no Google ou em nossas mentes mesmo para
>> acharmos divulgação de "Número de acidentes nas rodovias" divulgado por
>> estado ou rodovia. Ora vejamos: Além de cada estado possuir malhas viárias
>> de tamanhos diferentes e com circulação de veículos diferente, temos
>> diversos outros fatores "esquecidos", como condições da rodovia, tipo de
>> relevo, etc.
>>
>>
>> []s
>> Leonard de Assis
>> assis <dot> leonard <at> gmail <dot> com
>>
>>
>> Em 09/12/2011 10:23, Fernando Colugnati escreveu:
>>
>> Pessoal, este é um problema clássico de epidemiologia e saúde pública, e
>> a comparação deve ser feita estimando-se as incidênicas (casos novos/
>> ano*10.000habitantes, por exemplo, as unidades de tempo e população podem
>> mudar), que podem ser via modelos de poissson, Binom.-negativo ou algum
>> processo de contagem estocástico, como já sugerido. Mas não devem ser
>> esquecidas correções para taxas de crescimento populacional, etc...enfim,
>> como disse, é bem clássico. Este aumento pode ser um efeito de coorte
>> (age-cohort effect), por exemplo.
>>
>> Lembre-se de onde vêm estes dados, são nacionais, regionais? Vieram de
>> alguma base do MS (datasus)? É apenas a cobertura do SUS? A modelagem
>> estatística só pode ser bem definida se vc souber o que estes dados
>> representam, quais correções utilizar, etc...senão estará estimado apenas
>> viéses, que até é importante, mas pra outros objetivos.
>>
>> Abs
>>
>> Em 8 de dezembro de 2011 23:20, Leonard de Assis <assis.leonard em gmail.com
>> > escreveu:
>>
>>> Dani,
>>>
>>> Existem várias formas de se analisar estes dados. Eu particularmente
>>> tentaria unir estas informações fazendo uma estratégia de processos
>>> estocásticos (Acho teorico demais, mas é mais desafiante). O desafio
>>> encontra-se na forte correlação temporal envolvida em tudo.
>>>
>>> Se partir para modelos lineares, creio que Poisson não seja uma boa
>>> idéia, pois ficva meio "fora de escala'. O ideal seria smnalisar a
>>> proporç~~ao que estes casos representam na população em estudo.
>>>
>>> Mas tudo isso é só palpite, cada um tem seu jeito de pensar e abordar
>>> determinados problemas.
>>>
>>>
>>> []s
>>> Leonard de Assis
>>> assis <dot> leonard <at> gmail <dot> com
>>>
>>>
>>> Em 08/12/2011 11:24, Daniela Recchia escreveu:
>>>
>>>
>>> Olá pessoal,
>>>
>>> a pergunta é mais teórica. Estou analisando o comportamento do sarampo
>>> ao longo dos anos. Aqui, em 1999 foi criada a lei que diz que as criancas
>>> devem ser vacinadas contra sarampo, cachumba e rubéola em 2 doses de
>>> vacinas, para a garantia de aproximadamente 99% de protecao contra as
>>> doencas.
>>>
>>> Mas a princípio, parece que ao decorrer do tempo (analiso de 2001 a
>>> 2011) o numero de criancas com sarampo realmente diminui, após essa
>>> campanha. Existem sim ainda algumas, devido a varios fatores (pais nao
>>> querem vacinar os filhos, as criancas só tomam 1 vacina...) mas o numero de
>>> adultos que apresentam sarampo tem aumentado, se comparado ao inicio da
>>> campanha. Por exemplo, se olhar os dados de doentes no peridio de 2003-2005
>>> e 2009-2011 os adultos infectados nesses ultimos anos sao bem mais do que
>>> nos primeiros. (Na verdade nas idades de 15-39 anos)
>>>
>>> Entao a pincipio tenho dados para os doentes ao longo dos anos e por
>>> idade, algo como:
>>>
>>> > dados2
>>> Altersgruppe 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
>>> 1 00-00 107 156 39 14 38 156 24 28 50 29
>>> 66
>>> 2 01-01 524 405 81 22 57 157 35 50 63 41
>>> 96
>>> 3 02-02 420 313 42 9 30 68 20 31 15 25
>>> 49
>>> 4 03-03 359 320 71 10 40 73 25 42 20 16 47
>>> 5 04-04 397 375 56 5 42 82 21 46 17 19
>>> 42
>>> 6 05-09 1594 1527 262 17 250 446 123 210 83 127
>>> 293
>>> 7 10-14 1034 803 112 8 136 515 116 217 72 179
>>> 340
>>> 8 15-19 786 356 48 11 56 375 68 139 74 133
>>> 218
>>> 9 20-24 376 147 26 2 37 135 39 44 55 64
>>> 126
>>> 10 25-29 175 85 12 8 31 110 32 41 49 45 99
>>> 11 30-39 168 124 14 6 45 122 49 46 51 67
>>> 124
>>> 12 40-49 49 29 11 8 13 39 11 13 17 28
>>> 70
>>> 13 50-59 17 7 3 2 3 19 3 6 3 4
>>> 8
>>> 14 60-69 9 3 0 1 3 8 0 1 0 3
>>> 3
>>> 15 70 1 3 0 0 0 3 0 0 2 0
>>> 3
>>>
>>> A minha idéia entao é rodar umt este estatistico, para a hipótese nula
>>> H0: a proporcao(?) ou o numero de adultos doentes no periodo 2003-2005 nao
>>> se diferencia significativamente dos doentes no periodo de 2009-2011.
>>>
>>> Tudo bem, meu próximo passo entao foi agrupar os dados, de talforma
>>> que tenho agora grupo de pessoas de 0 a 4 anos, 5 a 14 anos, 15 a 39 anos e
>>> acima de 40 anos. Para analisar por pediordos, simplesmente somei os casos
>>> para os anos de 2003-2005 e 2009-2011. Ok, agora tenho um numero por
>>> periodo e por grupo. Como compara-los efetivamente? Pois do jeito que
>>> retrabalhei os dados, nao consigo aplicar o teste T para 2 populacoes, nao
>>> tenho como medir normalidade e homocedasticidade. Na verdade, nao sei se o
>>> jeito que formatei os dados para a análise está correta para analisar a
>>> hipótese desejada.
>>>
>>> Como vcs fariam?
>>>
>>> Abracos,
>>>
>>> --
>>> Daniela Rodrigues Recchia
>>>
>>> Master Student of Statistics - Technische Universität Dortmund.
>>>
>>> "It is better to have an inexact answer to the right question than a
>>> precise one to the wrong question!"
>>> John Tuckey
>>>
>>> __._,_.___
>>>
>>> <daniela_recchia em yahoo.com.br?subject=Res%3A%20an%E1lise%20de%20sarampo%20-%20como%20proceder%20com%20o%20teste%20de%20hip%F3teses%3F>| através
>>> de email<STAT-MATH em yahoogrupos.com.br?subject=Res%3A%20an%E1lise%20de%20sarampo%20-%20como%20proceder%20com%20o%20teste%20de%20hip%F3teses%3F>| Responder
>>> através da web<http://br.groups.yahoo.com/group/STAT-MATH/post;_ylc=X3oDMTJxOXVnYzhyBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzMyNTIxNDUEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNjA1BG1zZ0lkAzIzMzczBHNlYwNmdHIEc2xrA3JwbHkEc3RpbWUDMTMyMzM1MDY0Nw--?act=reply&messageNum=23373>| Adicionar
>>> um novo tópico<http://br.groups.yahoo.com/group/STAT-MATH/post;_ylc=X3oDMTJlZnJnMnAyBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzMyNTIxNDUEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNjA1BHNlYwNmdHIEc2xrA250cGMEc3RpbWUDMTMyMzM1MDY0Nw-->
>>> Mensagens neste tópico<http://br.groups.yahoo.com/group/STAT-MATH/message/23373;_ylc=X3oDMTM2OWhkNjBqBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzMyNTIxNDUEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNjA1BG1zZ0lkAzIzMzczBHNlYwNmdHIEc2xrA3Z0cGMEc3RpbWUDMTMyMzM1MDY0NwR0cGNJZAMyMzM3Mw-->(
>>> 1)
>>> Atividade nos últimos dias:
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>>> - Novos usuários<http://br.groups.yahoo.com/group/STAT-MATH/members;_ylc=X3oDMTJmczk1dDY1BF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzMyNTIxNDUEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNjA1BHNlYwN2dGwEc2xrA3ZtYnJzBHN0aW1lAzEzMjMzNTA2NDc-?o=6>
>>> 5
>>>
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>>> ------------------------------
>>> Y! Encontros. É hora de dar uma chance a quem quer te conhecer!<http://global.ard.yahoo.com/SIG=15mnse4m1/M=758712.14532720.14632738.12960164/D=brclubs/S=2137111605:MKP1/Y=BR/EXP=1323357847/L=e825fecc-219f-11e1-8937-d7162331cc3c/B=ntWMOUoGYro-/J=1323350647634501/K=LG4CK5DeVkx6kGHJaaWjbg/A=6513102/R=0/id=mkp1/SIG=135l102dr/*http://tracking.parperfeito.com.br/ppbanner/bannerTracker?originId=1&identifierId=600288&actionId=1>
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