Eucilene,
Embora eu concorde de plano com sua colocação a respeito dos dados como primeiro passo para discutir um possível tratamento de dados, gostaria de enriquecer o debate, aproveitando a questão posta pelo OP, dizendo que em todas as ciências que se servem de Estatística há, em adição ao aspecto mais puro e teórico aspectos de atavismo, costumes e práticas correntes e mesmo recomendações dadas por instituições que tendem a ter voz no assuno (clout em inglês).
N'alguns âmbitos a discussão se, por exemplo sem querer levar este tema ao assunto em tela, se uma escala Likert pode ser considerada intervalar ou deve ser tratada exclusivamente por meio de análise de dados categóricos.
Num recente (isto é nesta década 😎) curso de Bioestatística na UniFesp, o instrutor indicou uma discussão (que remete à área de estudo do OP) no passado recente entre especialistas se a média do número de filhos de uma família podia ser um número fracionário ou teria que ser sempre arredondado para o inteiro mais próximo!
E agora a cereja no bolo: esse mesmo instrutor (prof. dr. médico) que hodiernamente não tem dúvida da validade de uma construção teórica de u'a média de número de filhos escrita como um número real, corrigiu um exercício da minha filha onde um cálculo de número de batimentos cardíacos por minuto deu uma número com dízima periódica, e o altivo mestre declarou "Não existe batimento [cardíaco] incompleto". . . 🤔
Haveria muitos mais "causos" para discorrer, mas espero que tenha conseguido sensibilizar com esses exemplos e expor meu raciocínio.
HTH
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Cesar Rabak