Helder, boa noite!

O uso de graus decimais é possível, mas altamente desaconselhável. Primeiro pela mudança nas relações de distância (conversão graus em metros) que variam com a latitude e depois pelo número de casas decimais requeridas para evitar erros por arredondamento (5 a 6). Na grande escala esses erros podem até ser tolerados, mas não são adequados.

Para áreas nas quais há apenas um único fuso, considero o uso da projeção UTM como o mais adequado para o Brasil de modo geral. Todavia, com a variação do fuso a cada 6º de Longitude, é bem comum ocorrer mais de um fuso na área, sobretudo se você está em uma área localizada no limite de fuso (42, 48 ou 54ºW por exemplo).

Ao ocorrer mais de um fuso, o mais correto seria aplicar uma outra projeção, válida para toda área de estudo. No caso do Brasil e América do Sul, de modo geral, é possível aplicar a projeção Policônica, com meridiano central definido em 54ºW.

Contudo, na grande e média escala, ainda é possível utilizar a UTM. Elege-se um fuso 'principal' e reprojetam-se coordenadas do outro fuso para ele. É o que se aplicou no caso do dataset 'parana' que vem com o geoR. O Paraná está localizado parte no fuso 21 e parte no fuso 22. Elegeu-se o fuso 22 como principal e reprojetou-se as coordenadas do fuso 21, permitindo juntar as estações utilizadas em um plano único.

OBS: 
1) em razão das magnitudes, as coordenadas do dataset parana foram reduzidas dividindo-se por 1.000 e posteriormente descontando-se 7.000 da coordenada Y.
2) para um cálculo mais acurado, seria importante ainda ter conhecimento do datum utilizado.

Espero que ajude,


Éder Comunello <comunello.eder@gmail.com>
Dourados, MS - [22 16.5'S, 54 49'W]