Olá Cesar,

Muito obrigada pela sua sugestão. Vamos ver como soluciono este problema.

Abraço,
Heloise.

2017-09-10 10:05 GMT+12:00 Cesar Rabak <cesar.rabak@gmail.com>:
Heloíse,

Você se fez entender e de fato você tem duas particularidades: seu grid e coordenadas de vento além de terem granularidades diferentes têm um ligeiro offset que se mostra como você descreve.

Se as coordenadas do vento (que têm a maior granularidade) fossem arrendondadas para décimo de grau elas teriam o seguinte "passo":

Pegando o seu exemplo:

> round(vento[1:5,1],1)
[1] -23.9 -23.6 -23.4 -23.1 -22.9

Note que as frações seriam apenas quatro e com espaçamentos "não equidistantes", por consequência do arredondamento eles se alternam em 0,3 e 0,2 grau...

Se com essas "coincidências" no grid você conseguir fazer sua análise, é o "automatismo" mais simples que se pode pensar...

Caso contrário, você precisará escrever o script para o interpolador bivariado, levando em conta que mesmo o thin plate splines funcionará muito mais como uma régua flexível ("japonesa", ou como a antiga "curva francesa") que tentará heurística e localmente adaptar-se aos dados sem levar em conta a física do vento, por isso uma análise dos resultados seria necessária, especialmente por que, imagino, as informações de vento trazem também a direção de onde sopram. . .

HTH
--
Cesar Rabak


2017-09-06 19:19 GMT-03:00 Heloíse Pavanato <helopavanato@gmail.com>:
Olá Cesar e Elias,

Obrigada pela atenção. Vou dar uma olhada no pacote spatstat.

Cesar, respondo em linha:

As coordenadas do grid e vento múltiplas de 0,5 grau deveriam "se corresponder" ou não?

Sim, mas não como os dados estão agora. Por exemplo, entre as latitudes de vento de -10.875 e -10.625 a correspondência no grid seria -10.8 e -10.7. Entre -10.625 e -10.375 as correspondências seriam -10.6, -10.5 e -10.4.
Não sei como automatizar estre processo, pois veja que para as latitudes de vento que terminam com "75" eu tenho duas correspondências e para as que terminam em "25" eu tenho três. Me fiz entender?

Aqui vai um dput() dos dados para você ter uma noção:


dput(vento[1:30, ])


structure(list(lat = c(-23.875, -23.625, -23.375, -23.125, -22.875,

-22.625, -22.375, -22.125, -21.875, -21.625, -21.375, -21.125,

-20.875, -20.625, -20.375, -20.125, -19.875, -19.625, -19.375,

-19.125, -18.875, -18.625, -18.375, -18.125, -17.875, -17.625,

-17.375, -17.125, -16.875, -16.625), lon = c(-42.875, -42.875,

-42.875, -42.875, -42.875, -42.875, -42.875, -42.875, -42.875,

-42.875, -42.875, -42.875, -42.875, -42.875, -42.875, -42.875,

-42.875, -42.875, -42.875, -42.875, -42.875, -42.875, -42.875,

-42.875, -42.875, -42.875, -42.875, -42.875, -42.875, -42.875

), media = c(6.16, 5.99714285714286, 5.91857142857143, 5.82,

NA, NA, NA, NA, NA, NA, NA, NA, NA, NA, NA, NA, NA, NA, NA, NA,

NA, NA, NA, NA, NA, NA, NA, NA, NA, NA)), .Names = c("lat", "lon",

"media"), row.names = c(NA, 30L), class = "data.frame")



dput(grid[1:30, ])


structure(list(lat = c(-10.4, -10.4, -10.5, -10.5, -10.6, -10.6,

-10.6, -10.5, -10.5, -10.6, -10.7, -10.7, -10.7, -10.7, -10.8,

-10.8, -10.8, -10.9, -10.9, -10.9, -10.8, -10.8, -10.9, -11,

-11, -11, -10.8, -10.9, -10.9, -11), lon = c(-36.4, -36.3, -36.5,

-36.3, -36.5, -36.4, -36.3, -36.6, -36.4, -36.6, -36.6, -36.5,

-36.4, -36.3, -36.6, -36.5, -36.4, -36.6, -36.5, -36.4, -37,

-36.9, -36.9, -37.1, -37, -36.9, -36.8, -37, -36.8, -36.8)), .Names = c("lat",

"lon"), row.names = c(NA, 30L), class = "data.frame")



A questão de você interpolar os valores de vento tem menos a ver com o R em si e mais com o domínio do problema que você trabalha: qual é a forma de interpolar o valor do vento para uma coordenada intermediária entre pontos que você tenha as medidas?

Talvez seja mais apropriado trabalhar com "a quase metade dos dados" do que utilizar o dobro de pontos sendo que a outra metade será resultado de um processo de cálculo e portanto não deveria modificar sua análise dos dados.

Também acho que a interpolação é o menos importante para fins de análises, e posso manter NAs para isso. Porém, tenho que gerar um levelplot() desta e de outras variáveis, por isso gostaria de usar a interpolação para este fim. Pensei em usar thin plate splines ou qualquer outro interpolador bivariado em termos de latitude e longitude.

Obrigada pela ajuda.

Saudações,
Heloise

2017-09-07 0:08 GMT+12:00 Cesar Rabak <cesar.rabak@gmail.com>:
Heloise,

Esta observação me deixa confuso:

#Quando faço um merge() dos dois dataframes, obviamente meus valores de#vento$media aparecem como NA pois não há nenhuma correspondência entre as #coordenadas do grid e de vento.

As coordenadas do grid e vento múltiplas de 0,5 grau deveriam "se corresponder" ou não?

A questão de você interpolar os valores de vento tem menos a ver com o R em si e mais com o domínio do problema que você trabalha: qual é a forma de interpolar o valor do vento para uma coordenada intermediária entre pontos que você tenha as medidas?

Talvez seja mais apropriado trabalhar com "a quase metade dos dados" do que utilizar o dobro de pontos sendo que a outra metade será resultado de um processo de cálculo e portanto não deveria modificar sua análise dos dados.

HTH
--
Cesar Rabak


2017-09-06 4:47 GMT-03:00 Heloíse Pavanato via R-br <r-br@listas.c3sl.ufpr.br>:

Colegas do R-br,

 

Tenho a seguinte questão:

 

Estou trabalhando com um grid de 0.1 x 0.1 grau de latitude e longitude onde quero inserir a variável vento. No entanto a resolução do vento é de 0.25 x 0.25 graus.

Os dados estão armazenados aqui:


http://www.datafilehost.com/d/693635d4

http://www.datafilehost.com/d/ee24730c


vento <- read.csv('ascat.data.csv', header = TRUE)

str(vento)

grid <- read.csv('grid.data.csv', header = TRUE)

str(grid)


#Quando faço um merge() dos dois dataframes, obviamente meus valores de #vento$media aparecem como NA pois não há nenhuma correspondência entre as #coordenadas do grid e de vento.


dmerge <- merge(grid, vento, by = c('lon', 'lat'), all.x = TRUE)


Porém, eu gostaria de obter valores de vento, por exemplo, entre latitudes de -22.625 e -22.375 na mesma escala do grid: -22.6, -22.5, -22.4, etc. E o mesmo para longitude.


Tentei utilizar a scales::rescale(), mas consegui mudar apenas os mínimos e máximos das coordenadas:


#install.packages('scales', dependencies = TRUE)

library(scales)


vento$lon.r <- rescale(vento$lon, to = range(grid$lon))
vento$lon.r


vento$lat.r <- rescale(vento$lat, to = range(grid$lat))
vento$lat.r


Então, creio que eu tenho dois problemas: o primeiro é obter as coordenadas de vento na mesma escala que as do grid; segundo é interpolar vento$media para substituir os NAs, que correspondem a quase metade do total de valores.


Agradeço se algum colega tiver alguma dica.


Obrigada,

Heloise.


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