André,
Sua questão sobre o quê o resultado do teste estatístico que você realizou é muito importante.
Antes de mais nada gostaria de colocar que as alternativas propostas são todas tautológicas no sentido matemático/estatístico (puro) pois um fato da vida é o de que todas as "medidas" obteníveis de uma tabela de contingência estão todas inter-relacionadas. . .
Uma abordagem mais lúcida a meu ver é entender o resultado do teste, "por preguiça" eu abrevei os nomes dos seus microorganismos:
> tabela <- matrix(c(250,15,34,14),nrow=2,byrow=T,dimnames=list(c("CN","CP"),c("GN","GP")))
Rodando o mosaicplot nesses dados:
> mosaicplot(tabela, shade=T)
ou melhor ainda
> library(vcd)
> mosaic(tabela, shade=T)
A gente vê que os resíduos de Pearson por célula da tabela que estão gerando o valor do qui², e consequentemente do valor-p.
Nessa figura fica claro que a expectativa não cumprida é que a porcentagem do GP para CP (posto que a quantidade de CN versus CP é muito maior). A pergunta a fazer então é a seguinte, o quê essa tabela está testando?
Em outras palavras, qual experimento foi realizado?
313 amostras obtidas aleatoriamente foram classificadas para Cryptosporidium e Giardia?
As proporções de Cryptosporidium e Giardia são as que aparecem na Natureza?
Cada uma dessas questões levaria a uma análise diferente.
Admitindo que a análise adequada conduzisse para uma melhor medida explicativa, as medidas de associação em tabelas de contingência (de novo veja que elas são apenas o resultado obtido em "outra roupagem", posto que emanam de exatamente as mesmas métricas e variáveis. . .)
No R:
> library(psych)
> phi(tabela)
[1] 0,29
>
As medidas de associação têm mais respeito porque podem medir o assim chamado "tamanho do efeito", e auxiliar a análise em relação à importância prática do resultado.
Um outro aspecto a ser mencionado é que todos os testes baseados na estatítica do qui² são sensíveis ao tamanho da amostra na tabela, daí a ideia de se usar outra maneira de interpretar os dados.
HTH