<div dir="ltr">Prezado Alexandre,<div><br></div><div>De fato, frente à idade do texto, é prudente observar se algo de mais novo pode aplicar-se à sua área de conhecimento.</div><div><br></div><div>SE sua obra tiver apenas quatro <i>escalas</i> (nominal, ordinal, intervalar, e razão [racional]), pode ser que os questionamentos modernos lhe venham a ajudar quando enfrentando o mundo real. Por exemplo: a contagem de itens se encaixa em qual das quatro escalas acima?</div><div><br></div><div>Note que durante muitos anos houve debate se o número de filhos [média de] podia ou não ser um número fracionário!</div><div><br></div><div>Ainda hoje profissionais de saúde relutam e calcular o número de batimentos cardíacos por minuto com frações. . .¹</div><div><br></div><div>Em Ciências Sociais há um segundo aspecto, a saber, que algumas "medidas" são feitas por <i>instrumentos</i> (questionários e critério de pontuação) onde mesmo a variável parecendo de uma classe ela pode não ter sentido quando aplicada as classificações de Stevens e as "operações permitidas" nelas.</div><div><br></div><div>Numa hipotética escala de "angústia" com aquecimento global, onde 1 seria pouco ou nada e 5 muito ou totalmente preocupado, qual seria a interpretação que uma amostra da população X tem um escore médio de Angústia de 3,21 ± 0,17 ?</div><div><br></div><div>Ainda nessa questão de instrumentos há aqueles que após chegar a um escore o classificam dando nomes a faixas de valores, destarte dando mesmo valor a questões do instrumento (pergunta do questionário) diferentes. . .</div><div><br></div><div>Os textos sobre esse assunto já se espraiam por um século, com referências de 1924 ao presente!</div><div><br></div><div>Alguns títulos mostram bem os limites da discussão : « Measurement Scales and Statistics: Resurgence of an Old Misconception », Gaito, J., Psychological Bulletin 87(3):564-567, maio de 1980. « Measurement Scales and Statistics: A clash of paradigms. », MIchell. J., Psychological Bulletin 100(3), 398-407, novembro de 1986.</div><div><br></div><div>Em resumo, há mais que apenas o <b>tipo</b> percebido da escala e os testes estatísticos aplicáveis e mais no processo de onde os dados são gerados e a modelagem estatística do fenômeno em estudo.</div><div><br></div><div>HTH</div><div>--</div><div>Cesar Rabak</div><div><br></div><div><br></div><div><br></div><div>[1] Comunicação pessoal, Curso de Bioestatística Unifesp.</div></div><br><div class="gmail_quote"><div dir="ltr" class="gmail_attr">On Mon, May 20, 2019 at 9:48 AM Tropicalnet por (R-br) <<a href="mailto:r-br@listas.c3sl.ufpr.br">r-br@listas.c3sl.ufpr.br</a>> wrote:<br></div><blockquote class="gmail_quote" style="margin:0px 0px 0px 0.8ex;border-left:1px solid rgb(204,204,204);padding-left:1ex"><div dir="ltr"><div dir="ltr"><div><div><div><div><div><div><div><div><div>Prezado Cesar<br></div>Obrigado pelo esclarecimento.<br></div>Abordar a questão como você fez é a melhor resposta que podia ter tido.<br></div><br>Sou da área de humanas, tenho trabalhado com o texto:<br></div></div>PADUA, Jorge. Tecnicas de investigacion aplicadas a las ciencias sociales. 6a reimpressão - Cidade do Mexico: FCE, 1979.<br></div>É
um livro bem exaustivo para as tecnicas aplicáveis no âmbito das
Ciências Humanas. Em seu capítulo IX o autor correlaciona categorias e
testes estatisticos.<br></div>Entretanto, dada a idade do texto, eu procurava algum embasamento mais atualizado.<br></div><div>Agora acredito que continua um bom guia para orientar nossas atividades.<br></div>Att.<br></div>Alexandre</div></div>
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